Campo Grande (MS),

Recém-empossado, Jungmann demite Segovia do comando da PF

Rogério Galloro, atualmente na Secretaria Nacional de Justiça, irá assumir o cargo

© José Cruz/Agência Brasil
Logo após tomar posse como novo ministro da Segurança Pública, nesta terça-feira (27), Raul Jungmann anunciou que trocará o comando da Polícia Federal (PF). Sai Fernando Segovia e entra Rogério Galloro.

De acordo com informações de O Globo, o nome de Galloro já havia sido defendido pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, quando da troca de comando da PF, ocorrida em novembro. No entanto, Segovia acabou escolhido e Galloro foi comandar a Secretaria Nacional de Justiça.

A decisão ocorre após Segovia se envolver em polêmica, há cerca de duas semanas, por ter dito, durante entrevista à agência Reuters, que no inquérito em que o presidente Michel Temer é investigado pela PF, sobre o Decreto dos Portos, os "indícios são muito frágeis", sugerindo que a ação "poderia até concluir que não houve crime".

A declaração levou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) a entrar com uma ação popular pedindo o afastamento dele da instituição. Além disso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso na Corte, uma medida judicial para que Fernando Segovia se abstivesse de “qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso”.

Na semana passada, Segovia se justificou pela declaração e disse a Barroso que não pretendeu “interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento” do inquérito sobre o presidente Michel Temer. Também ressaltou que suas declarações foram "distorcidas e mal interpretadas” e que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso. Segovia também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação. Pelo jeito, não foi suficiente.

Com a criação do Ministério da Segurança Pública, a PF, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e a administração dos presídios ficam sob a alçada da pasta, e não mais sob a responsabilidade do Ministério da Justiça.

Fonte: NAOM
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